Pourchaire planeja correr na Super Fórmula japonesa em 2024

Depois que Charles Leclerc (2017) e George Russell (2018) receberam uma vaga na F1 imediatamente após seus títulos na F2, quatro dos cinco pilotos que se tornaram campeões depois tiveram que esperar pelo menos um ano. Nyck de Vries, campeão de 2019, só teve uma chance em 2023, sendo mandado embora da AlphaTauri depois de pouco menos de seis meses. Mick Schumacher foi o único que recebeu uma oportunidade imediata, mas também ficou sem espaço na categoria depois de dois anos na Haas.

Dos cinco, apenas Oscar Piastri ainda está ativo na F1. Inicialmente, a Alpine negou uma vaga ao australiano, apesar de ele ter vencido tanto a F3 quanto a F2 como novato. Um ano depois, a McLaren o contratou. Theo Pourchaire, assim como Felipe Drugovich em 2022, garantiu o título em sua terceira temporada na F2, mas não terá uma vaga na F1.

Onde Pourchaire pilotará em 2024?

Pourchaire estará ativo como piloto reserva da Sauber em 2024, mas será que ele pode realmente fazer a diferença lá? A Alpine e a McLaren investiram muito em Piastri para que ele ganhasse quilometragem em um carro de F1 antes de sua estreia na categoria máxima do automobilismo, mas a Sauber não parece ter esse dinheiro. Em Abu Dhabi, Pourchaire diz que não está planejado nenhum teste e que o foco está em outra categoria: a Super Fórmula, do Japão.

Uma categoria que raramente tem sido usada como trampolim ao longo dos anos, mas que tem se tornado cada vez mais popular nos últimos anos. A Red Bull deu início a essa tendência. Primeiro, foi o passo intermediário para Pierre Gasly, e depois eles também enviaram Liam Lawson para o Japão em 2023. Ambos perderam o título por pouco. Em 2024, a Red Bull enviará Ayumu Iwasa ao seu país natal para assumir o lugar de Lawson.

O piloto japonês não é o único, já que o campeão da F2, Pourchaire, também almeja a Super Formula. "A Super Fórmula é o plano A. O carro está próximo da F1. Mais rápido que um carro de Fórmula 2 e mais próximo de um carro de F1. Nada está certo ainda. Eu realmente espero que eu possa pilotar lá. Posso dar muitas voltas lá em um campeonato competitivo", declarou o francês em Abu Dhabi.

Quando o GPblog perguntou qual seria a importância da corrida em 2024, ele declarou: "É muito importante. Quero continuar correndo para manter minha forma física e mental. Para participar de um campeonato, estar sob pressão é muito importante. Se você for para a F1 depois de um ano sem pilotar, não é fácil. Se eu quiser ir para a F1, acho que tenho que pilotar no próximo ano para me mostrar novamente em outra série competitiva".

Por que os talentos escolhem a Super Formula?

Como os testes em um carro de F1 são caros, Pourchaire está procurando outra maneira de se manter em forma e afiado. Acima de tudo, ele tem algo a provar. Como campeão da F2, a Sauber ainda não o considera pronto para assumir o lugar de Guanyu Zhou, então Pourchaire precisa mostrar mais para conseguir uma vaga na F1 em 2025. Você não conseguirá isso apenas com o papel de piloto reserva.

O GPblog conversou anteriormente com Liam Lawson sobre a Super Formula em 2023 e o que faz dessa categoria um degrau tão importante na escada do automobilismo. A F1 e a F2 têm se distanciado cada vez mais nos últimos anos, e a falta de oportunidades de testes significa que os jovens talentos dificilmente podem ganhar experiência na F1. Por isso, eles precisam de uma categoria mais próxima da F1 do que da F2. Isso acaba sendo a Super Formula.

Embora a categoria seja menos conhecida na Europa, é uma categoria com pilotos mais experientes. Os carros são mais rápidos devido a muito mais downforce do que os carros da F2, e as equipes são muito maiores. Não está no nível da F1, mas é um grande avanço em relação à F2. Parece ser mais uma etapa no processo de aprendizado dos pilotos, o que pode dar a eles um pouco mais de experiência antes de uma mudança para a F1.

Do atual grid da F2, três dos quatro primeiros têm potencial para ir para essa categoria em 2024. Pourchaire está interessado; Iwasa viajará para lá de qualquer maneira, e o GPblog também ouviu no paddock que Frederik Vesti e a Mercedes também estão analisando as possibilidades no Japão. No entanto, a Mercedes só deixará o dinamarquês ir para o Japão se uma equipe de ponta conseguir fechar um acordo.